Na época, a Independência não foi só pelas as riquezas de gado do Piauí e especiarias do Pará. Más um jogo político.

D. João VI da (Dinastia de Avis), ao retornar para Portugal em 1822, reconheceu que a Independência do Brasil era difícil de conter-se.
Desejando preservar o norte do país, reunindo, como colônia portuguesa, Pará, Maranhão e Piauí. Sendo este de grande riqueza de gado bovino, e ter sido dominada pelos (Conde dos Pombeiros) na época da colonização, o rei de Portugal, mandou João José da Cunha Fidié (Ordem Militar de Avis), para defender as províncias dos nacionalistas que poderiam tomar o fornecimento do suprimento de carnes à outras regiões brasileiras, inclusive o sul nomeando um novo comandante das armas em Oeiras.
Com isso, para o tão cobiçado o cargo na época, foi escolhido o capitão João José da Cunha Fidié, da Dinastia de Avis, liderança política que dominou Portugal após a queda dos Pombeiros. Fidié foi empossado (09.ago.1822)
Depois de sua posse e, ar alguns dias no comando da província portuguesa do Piauí, o Governador das Armas, Fidié, teve a responsabilidade de conter e manter a ordem na província. Isso, depois de D. Pedro I, filho de D. João VI proclamar a Independência do Brasil nas margens do rio Ipiranga no Rio de Janeiro no dia (07.set.1822), há 28 dias de sua chegada no Brasil
Em PARNAÍBA, litoral do Piauí, depois de saber da independência, alguns revoltosos e lideranças políticas locais, como: João Cândido de Deus e Silva e Smplício Dias da Silva declararam a sua adesão à causa da independência aclamando como imperador D. Pedro I, no dia (19.out.2025).



Em CAMPO MAIOR, região do palco da grande guerra, a famosa e conhecida Igreja de Santo Antônio de Pádua, construída pelo Padre Tomé de Carvalho, serviu como local para uma série de reuniões onde foram discutidos pontos estratégicos para a manutenção da independência. Participavam das reuniões na época grandes líderes, como: Luis Rodrigues Chaves e João da Costa Alecrim, líderes nacionalistas e revolucionários que foram de suma importância para a guerra da Batalha do Jenipapo.
No entanto com o objetivo de sufocar o levante, João José da Cunha Fidié, sai de Oeiras, sede da infantaria portuguesa e, marcha em direção para Parnaíba, ando pela cidade de Campo Maior sem enfrentar nenhuma resistência no primeiro momento.
Percorrendo uma distância de 700 quilômetros com uma tropa de linha e bem equipada, isso no dia (18.dez.1822), se dirigiu para Parnaíba para sufocar o levante. Chegando lá, após ter encontrado o Infante Dom Miguel de Bragança irmão de D. Pedro I, vindo do Maranhão e demais nacionalistas a famosa e bem equipada tropas de Fidié conseguiram expulsar os rebeldes para a província do Ceará onde muitos foram se refugiar.
Pronto! Agora Fidié depois de expulsar os revoltosos e tomar a tão famosa vila de Parnaíba, o Chefe das Armas se instala e domina a cidade por 36 dias.
No entanto, pensando que estava tudo calmo e tranquilo na província. O militar com seus poderosos soldados se surpreenderam com um levante na cidade de Oeiras comandado por Manoel de Sousa Martins, o futuro Visconde da Parnaíba, isso no dia (24.jan1823), devido Manoel ter assumido a presidência do Governo do Estado e, ter proclamado a Independência do Brasil.
Ao receber`a (28.fev.1823), a notícia dos sucessos na capital Oeiras, João José da Cunha Fidié, delibera a regressar, no comando de mais de 1.100 homens, bem armados com canhões e mais de 11 peças de artilharia (fuzius e espadas) e, um exército numeroso após aumentar de continente do português Dom Infante Dom Miguel de Bragança e da guarnição de Carnaubeiras, no Maranhão.
Na viagem de volta, o militar de Avis, João José da Cunha Fidié sabendo que o centro das forças nacionalistas estavam em Campo Maior, na Paróquia de Santo Antônio, e, que a cidade aderira `a Independência no dia (02.fev.1823), com mais de 1000 campomaiorenses armados com facas, foices e espingardas o chefe das forças armadas portuguesas e seus soldados seguiram de marcha forçada para a região, para sufocar o levante com mais de 1000 campomaiorenses e 500 cearenses juntos com maranheses liderados pelo capitão Luís Rodrigues Chaves e João da Costa Alecrim
Então, desconhecendo seu oponente e, não sabendo com quem ia lutar, partiu Cunha Fidié rumo a Campo Maior. Chegando lá o mesmo se surpreendeu com tamanha bravura e loucura patriótica dos caboclos armados de facas, foices e espingardas de caças que iam enfrentar seus poderosos canhões e soldados treinados com fuzis.
Depois de uma grande batalha com grande derramamento de sangue nas margens do rio Surubim, João José da Cunha Fidié consegue ganhar a Batalha, a chamada “Batalha do Jenipapo“, mas resolve se entregar depois de ver e sentir no coração a loucura patriótica e a cegueira daqueles matutos que iam partir a seu encontro quase desarmados e diz; “vendo a a loucura patriótica desses homens e, ao se jogarem de frente aos meus soldados e canhões juntamente com mulheres e crianças prefiro me render e desistir das forças armadas portuguesas a praticar tal ato de crueldade” disse Fidié
Edição: Marcos Ranyere Portela da Cunha/PHBWebCidade